Vacinas Disponíveis

Laboratório: Fundação Ataulpho de Paiva

O que previne: Tuberculose – principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo).

Indicação:

A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade.

Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra).

Esquema de doses: Dose única.

Efeitos e eventos adversos:

A BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica, com até 1 cm de diâmetro, no local em que foi aplicada – como rotina, no braço direito. Essa reação é esperada! A resposta à vacina demora cerca de três meses (12 semanas), podendo se prolongar por até seis meses (24 semanas), e começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação, evolui para pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando.

Eventos adversos possíveis: úlceras com mais de 1 cm ou que demoram muito a cicatrizar; gânglios ou abscessos na pele e nas axilas; disseminação do bacilo da vacina pelo corpo, causando lesões em diferentes órgãos.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), os gânglios surgem em cerca de 10% dos vacinados.

Qualquer que seja o evento, o serviço de vacinação deve notificá-lo ao órgão de vigilância em Saúde e encaminhar o paciente ao posto de saúde para acompanhamento e tratamento adequados.

Laboratório: Sanofi Pasteur

O que previne: Infecção causada pelos quatro sorotipos de dengue: DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. A eficácia na prevenção da doença é de 65,5%; na prevenção de dengue grave e hemorrágica é de 93% e de internação é de mais de 80%.

Indicação: A vacina está licenciada para crianças a partir de 6 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos e é recomendada para indivíduos previamente infectados por um dos vírus da dengue (soropositivos com ou sem história da doença).

Esquema de doses: Três doses com intervalo de seis meses.

Efeitos e eventos adversos: As reações adversas mais frequentemente relatadas foram: dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e mialgia.

As reações foram geralmente de gravidade leve a moderada e de curta duração (até três dias). O início foi tipicamente observado em até três dias após a vacinação, com exceção da febre, que surge dentro de 14 dias após a aplicação da vacina.

As reações adversas sistêmicas tendem a ser menos frequentes após a segunda e a terceira doses.

 

Reações adversas possíveis:

 

· Em ≥ 10% dos vacinados: cefaleia, mialgia, dor no local da injeção, mal-estar, fraqueza e febre.

· Entre 1% e 10% dos vacinados: vermelhidão na pele, hematoma, inchaço e coceira no local da injeção.

· Em menos de 1% dos vacinados: surgimento de gânglios (linfoadenopatia), tontura, enxaqueca, náuseas, erupção cutânea, urticária, dor articular, endurecimento no local da injeção, sintomas gripais.

OBS: a febre foi menos frequente nos indivíduos com mais de 18 anos de idade. Hematoma e coceira no local da injeção foram menos frequente indivíduos dos 9 aos 17 anos de idade.

· De acordo com estudos preliminares, pessoas que não tiveram contato com o vírus antes de se vacinar (soronegativos para dengue) apresentam mais chances de hospitalização (cinco a cada 1.000 pessoas) e de desenvolver dengue com sinais clínicos de alarme graus 1 ou 2 (duas a cada 1.000). Entenda:

o Grau I: febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única manifestação hemorrágica é a prova do laço positiva.

o Grau II: além das manifestações do grau I, hemorragias espontâneas leves, como sangramento de pele, nariz e/ou da gengiva e outros).

OBS: A vacina não causa a doença.

Tríplice Bacteriana Acelular Adulto – Vacina contra DIFTERIA, TÉTANO e PERTUSSIS acelular – dTpa

 

Laboratório: GlaxoSmithKline Sanofi Pasteur

O que previne: Difteria, tétano e coqueluche.

 

Indicações:

· Para reforço das vacinas DTPa ou DTPw em crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.

· Gestantes.

· Todas as pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos, sobretudo com bebês com menos de 1 ano, incluindo familiares, babás, cuidadores e profissionais da Saúde.

 

Esquema de doses:

· Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.

· Recomendada para o reforço na adolescência.

· Recomendada para os reforços em adultos e idosos.

· Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.

· As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação, a partir da 20ª semana de gestação. Se não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose após o parto, o mais precocemente possível (de preferência ainda na maternidade).

· Para crianças com mais de 3 anos, adolescentes e adultos não vacinados, com histórico vacinal desconhecido ou esquema básico contra o tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento, seguida de uma ou duas outras doses da dT (dependendo de quantas faltam para completar o esquema de três doses contra o tétano). A vacina dTpa pode substituir a vacina dT.

 

Efeitos e eventos adversos:

· Em crianças com até 9 anos podem ocorrer: irritabilidade, sonolência, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e fadiga em

mais de 10% dos vacinados. Até 10% podem manifestar falta de apetite, dor de cabeça, diarreia, vômito e febre. Distúrbios da atenção, irritação nos olhos e erupção na pele são incomuns – acometem apenas 0,1% a 1% dos vacinados.

· Mais de 10% das crianças a partir de 10 anos, adolescentes e adultos experimentam dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), cansaço e mal-estar. Em até 10% acontecem tontura, náusea, distúrbios gastrintestinais, febre, nódulo ou abscesso estéril (sem infecção) no local da aplicação. São incomuns (entre 0,1% e 1% dos vacinados) sintomas respiratórios, faringite, aumento dos gânglios linfáticos, síncope (desmaio), tosse, diarreia, vômito, transpiração aumentada, coceira, erupção na pele, dor articular e muscular e febre acima de 39ºC.

· A anafilaxia ocorre com menos de 0,01% das pessoas; inchaço generalizado, convulsões, urticária e fraqueza muscular com 0,01% a 0,1% dos vacinados.

· A experiência com o uso da vacina sugere que há um pequeno aumento do risco de eventos adversos locais com a vacinação em doses repetidas e próximas (esquema de três doses em seis meses) em adultos com mais de 40 anos, bem como na dose de reforço das crianças (a partir de 10 anos de idade).

Tríplice Bacteriana Acelular Infantil – Vacina contra DIFTERIA, TÉTANO e PERTUSSIS acelular – DTPa

 

Laboratório: GlaxoSmithKline Sanofi Pasteur

O que previne: Difteria, tétano e coqueluche.

 

Indicações: Crianças com menos de 7 anos de idade. Mesmo as que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e/ou coqueluche devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente frente a novas infecções.

Esquema de doses: Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir a vacina quíntupla (penta) ou hexa, nas quais a DTPa é combinada a outras vacinas. Ver DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para a dose de reforço entre 4 e 5 anos de idade, a DTPa pode ser substituída por dTpa ou dTpa-VIP.

Efeitos e eventos adversos: Com a vacina DTPa os eventos adversos são menos frequentes e intensos do que com a DTPw.

Manifestações locais:

· Inchaço, vermelhidão e dor no local da aplicação acontecem com 1,2% a 22,9% das crianças vacinadas.

· Inchaço extenso, atingindo todo o membro, ocorre em 2% a 3% das crianças vacinadas com quatro ou cinco doses da tríplice bacteriana acelular infantil (DTPa), em geral nas primeiras 24 horas. A melhora espontânea é percebida em dois dias.

· Mais raramente pode haver formação de abscesso no local da aplicação, estéril (abscesso frio) ou infeccioso (abscesso quente), com pus.

Manifestações sistêmicas:

· Febre baixa a moderada acomete até 30% dos vacinados, em especial quando da aplicação da primeira dose e nas primeiras 24 horas (habitualmente entre três e 12 horas).

· Febre alta ocorre em menos de três crianças a cada mil vacinadas.

· Sonolência em 30% a 52,2% das crianças vacinadas. Tem início nas primeiras 24 horas e pode persistir por até 72 horas após. A melhora do sintoma se dá de maneira espontânea, não sendo necessária conduta especial. Esse quadro não deixa sequela.

· Perda de apetite de baixa intensidade e transitória é sintoma encontrado em até 27,2% dos vacinados.

· Vômitos acontecem em 2,5% a 21,6% das crianças vacinadas, melhorando espontaneamente.

· Choro persistente foi descrito em duas a cada mil crianças vacinadas, nas primeiras 24 horas.

· Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) pode acontecer nas primeiras 48 horas com frequência de 0,7 a cada mil crianças vacinadas e não deixa sequelas. Costuma ser precedido por irritabilidade e febre. A criança torna-se pálida, perde o tônus muscular e a consciência. Esse quadro pode durar desde alguns minutos até algumas horas, mas, apesar de muito angustiante, melhora sem deixar sequelas. Sua ocorrência não indica tendência de repetição quando da aplicação de doses subsequentes.

· Convulsão, nas primeiras 72 horas, também de caráter benigno – não causa sequelas. A chance de ocorrência é de 0,3 para cada mil crianças vacinadas. É aconselhável que se faça uma investigação médica para verificar se foi de fato causada pela vacina. Como os casos de convulsão associam-se a febre e não à vacina, não há contraindicação para as próximas doses.

· Encefalopatia pós-vacinal é muito rara e não foi comprovada relação com a vacina. Entre 1993 e 2002, o serviço de vigilância em saúde do Canadá avaliou mais de 12 mil registros hospitalares devidos a desordens neurológicas e não foi encontrado nenhum caso de encefalopatia atribuível a DTPa, em um universo de mais de 6,5 milhões de doses aplicadas.

· Reações de hipersensibilidade são extremamente raras e estão associadas a reações alérgicas como urticária, ou, em casos mais graves, anafilaxia. Nunca foi identificada qualquer relação entre a anafilaxia e a vacina DTPa, de modo que sua ocorrência não contraindica doses subsequentes da vacina. Estas reações podem surgir várias horas ou dias após a aplicação da vacina, podem ter origens diversas (viroses, alimentos e medicamentos, por exemplo), sendo muito pouco provável que reapareçam após a aplicação de dose subsequente, portanto, neste caso, não há contraindicação.

Tetra Bacteriana Acelular – Infantil e Adulto – Vacina contra DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS acelular e POLIOMIELITE 1, 2 e 3 – DTPa+IPV

 

Laboratório: GlaxoSmithKline Sanofi Pasteur

O que previne: Difteria, tétano, coqueluche e poliomielite.

 

Indicações:

· Para crianças a partir de 3 ou 4 anos de idade, adolescentes e adultos, para os reforços de seus esquemas de vacinação.

· Pode substituir as formulações infantis da vacina tríplice bacteriana (DTPa e suas combinações) no reforço de 4 a 5 anos de idade.

· Para adolescentes e adultos, pode substituir a vacina dTpa e é a alternativa para viajantes com destinos às áreas de risco para poliomielite.

· Para gestantes, pode substituir a dTpa na indisponibilidade desta vacina ou quando se trata de gestante viajante para área de risco para a poliomielite.

Esquema de doses: Pode substituir qualquer dose de dTpa. Em caso de viagens a locais de risco para a poliomielite, pode ser aplicada mesmo em pessoas que estejam em dia com a dTpa.

Efeitos e eventos adversos:

· Em crianças, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: sonolência e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço). Entre 1% e 10% dos vacinados podem apresentar perda de apetite, irritabilidade, dor de cabeça e febre acima de 37,5ºC. Entre 0,1% a 1%: aumento dos gânglios, sono inquieto, apatia, garganta seca, diarreia, vômito, dor abdominal, náusea e cansaço.

· Em adolescentes e adultos, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e cansaço. Entre 1% a 10% dos vacinados: distúrbios gastrintestinais, febre acima de 37,5ºC, hematoma no local da aplicação. Entre 0,1% e 1% dos vacinados ocorrem: aumento dos gânglios, diminuição do apetite, sensação de formigamento, sonolência, tontura,

coceira, dor muscular, dor nas articulações, febre acima de 39ºC, calafrios.

PENTAVALENTE – Infantil – Vacina contra DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS acelular, HAEMOPHILUS INFLUENZAE tipo b e POLIOMIELITE 1, 2 e 3 – DTPa+IPV/Hib

 

Laboratório: GlaxoSmithKline Sanofi Pasteur

O que previne: · DTPa-VIP/Hib: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite.

 

Indicação:

· As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.

Esquema de doses:

· Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 15 e 18 meses), preferir o uso da vacina quíntupla (penta) ou sêxtupla (hexa). Veja DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de DTPa ou dTpa-VIP.

Efeitos e eventos adversos:

· Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).

· Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.

HEXAVALENTE – Infantil – Vacina contra DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS acelular, HAEMOPHILUS INFLUENZAE tipo b, HEPATITE B e POLIOMIELITE 1, 2 e 3 – DTPa+IPV+HB/Hib

Laboratório: GlaxoSmithKline Sanofi Pasteur

O que previne:· DTPa-VIP-HB/Hib: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B.

 

Indicação:

As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.

Esquema de doses:

Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 15 e 18 meses), preferir o uso da vacina quíntupla (penta) ou sêxtupla (hexa). Veja DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de DTPa ou dTpa-VIP.

Efeitos e eventos adversos:

· Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).

· Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.

Laboratório: Sanofi Pasteur

O que previne: Febre amarela.

Indicação: Pessoas a partir de 9 meses de idade.

 

Esquema de doses: Rotina

· Crianças até 4 anos: duas doses, aos 9 meses e aos 4 anos.

· Acima de 4 anos: Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.

Observação: O Ministério da Saúde usou em 2018 doses fracionadas como forma de conter o surto vigente na ocasião. A estratégia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como segura e eficaz.

Efeitos e eventos adversos:

· Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas segundas doses.

· Manifestações locais como dor na área de aplicação ocorrem em 4% dos adultos vacinados e um pouco menos em crianças pequenas. A dor dura um ou dois dias, na forma leve ou moderada.

· Reações alérgicas como erupções na pele, urticária e asma acontecem com frequência de um caso para 130 mil a 250 mil vacinados.

· Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados.

· Entre 1999 e 2009, ocorreu anafilaxia na proporção de 0,023 caso para cem mil doses aplicadas.

· Entre 2007 e 2012, aconteceram 116 casos (0,2 caso em cem mil vacinados) de doença neurológica, principalmente quando se tratava de primeira dose e em idosos. Já a doença nos órgãos, chamada “viscerotrópica”, neste mesmo período, ocorreu em 21 pessoas (0,04 caso em cem mil vacinados).

Laboratório: Sanofi Pasteur

O que previne: Febre tifoide.

 

Indicação:

· Crianças a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos que viajam para áreas de alta incidência da doença, em situações específicas de longa permanência e após análise médica criteriosa.

· Profissionais que lidam com águas contaminadas e dejetos.

Esquema de doses:

· Uma dose. A vacina confere proteção por três anos, de modo que a revacinação pode ser recomendada após este período, se o risco de adoecimento persistir ou retornar.

Efeitos e eventos adversos:

· A vacina febre tifoide causa poucas reações, sendo as mais frequentes relacionadas com o local da aplicação: dor, em 3,6% a 9,4% dos vacinados; vermelhidão, em 2,4% a 5,4%; inchaço, em 1,7% a 1,8%. Outras possíveis reações: febre, em 1,5% a 16,2%; dor de cabeça, em 10% a 7,8%; mal-estar, em 0,9% a 4%; náuseas, em 2,1% a 5%; e coceira, em 1,7% a 1,8%.

Vacina contra GRIPE (INFLUENZA) – QUADRIVALENTE

Laboratório: GlaxoSmithKline Sanofi Pasteur Abbott

O que previne: Infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe) contidos na vacina.

 

Indicação: Para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.

Esquemas de doses:

· Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e dose única nos anos seguintes.

· A partir de 9 anos: dose única anual.

· Para menores de 3 anos, no sistema público, o volume a ser aplicado em cada dose é de 0,25 mL. Para as vacinas quadrivalentes disponíveis no sistema privado, o volume de cada dose é de 0,5 ml em qualquer idade.

· Em situação epidemiológica de risco, como surtos ou aumento da circulação do vírus influenza fora da temporada da gripe (outono e inverno), pode ser considerada uma segunda dose no mesmo ano para os seguintes grupos: idosos, imunodeprimidos e pacientes com doenças crônicas que prejudicam a resposta à vacina e aumentam as chances de quadros graves (diabéticos, pneumopatas, cardiopatas, entre outros). O intervalo em relação à dose anual é de três meses.

· Se disponível e se a composição da vacina for concordante com os vírus circulantes, a vacina utilizada na última temporada no Hemisfério Norte poderá ser recomendada aos viajantes internacionais e brasileiros residentes nos estados do Norte do país, no período pré-temporada de influenza.

Efeitos e eventos adversos:

· Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.

· Manifestações sistêmicas também são benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Têm início de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.

Sabe-se que a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pode ocorrer por mais de um motivo, mas em raras ocasiões seu surgimento coincidiu com a aplicação de uma vacina – nesses casos, surgiu entre um dia e seis semanas após a vacinação. Com exceção de uma vacina específica para gripe suína de 1976, todos os demais estudos que buscaram relação de causa entre vacinas influenza e SGB obtiveram resultados contraditórios, alguns encontrando essa relação e outros não. Até hoje não se sabe se a vacina influenza pode de fato aumentar o risco de recorrência da SGB em indivíduos que já a tiveram. Também é importante saber que alguns vírus podem desencadear essa síndrome

Vacina contra HEPATITE A

Laboratório: MSD (Merck Sharp & Dohme) GlaxoSmithKline Sanofi Pasteur

O que previne: Hepatite A

Indicação: Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.

Esquema de doses:

· Duas doses com intervalo de seis meses.

· As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.

· O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 2017, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar 5 anos de idade.

Efeitos e eventos adversos:

· Em 10% dos vacinados ocorrem: irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação.

· Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação.

· Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam sintomas respiratórios, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular.

· Em 0,01% a 0,1% houve diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios.

Vacina contra HEPATITE B infantil

Laboratório: MSD (Merck Sharp & Dohme) GlaxoSmithKline Sanofi Pasteur

O que previne: Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B.

Indicação: Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.

Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.

Esquema de doses:

· Para a vacinação rotineira de crianças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: uma dose em formulação isolada ao nascimento e doses aos 2, 4 e 6 meses de vida, incluídas na vacina pentavalente de células inteiras. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento, em formulação isolada, e aos 2 e 6 meses de vida, como parte da vacina hexavalente acelular. Aos 4 meses é recomendada a vacina penta acelular, que não contém o antígeno hepatite B em sua formulação.

· Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses, com intervalo de um ou dois meses entre primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.

Efeitos e eventos adversos:

· Em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação; endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas.

· Em relação às manifestações gerais, de 1% a 6% dos vacinados apresentam febre bem tolerada e autolimitada nas primeiras 24 horas após a aplicação; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal acometem de 1% a 20%.

· A ocorrência de púrpura trombocitopênica idiopática após administração da vacina hepatite B é um evento raro, registrado em menos de 0,01% dos vacinados, e até hoje não foi bem estabelecido se esses poucos casos estão de fato relacionados à vacina ou se foi apenas coincidência. Nestes casos, as manchas roxas ou avermelhadas na pele e a diminuição da contagem de

plaquetas que caracterizam a doença surgiram poucos dias a até dois meses depois da vacinação.

· Anafilaxia também é muito rara: um caso em 600 mil adolescentes e adultos vacinados, sendo mais rara ainda em crianças.

· Tais eventos adversos estão relacionados à vacina hepatite B isolada. Aqueles associados às vacinas combinadas com componente hepatite B podem ser encontrados nos tópicos que tratam de cada uma especificamente: DTPa-VIP-HB/Hib e DTPw-HB/Hib e vacina combinada hepatite A e B.

Vacina contra HEPATITE A+B

Laboratório: GlaxoSmithKline

O que previne: Infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B.

Indicação:

· Crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos.

· É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas hepatites.

Esquemas de doses:

· Para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16: duas doses com intervalo de seis meses.

· Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.

· Pessoas com indicação de dose dobrada da vacina hepatite B ou esquema de quatro doses devem receber complementação com a vacina hepatite B.

Efeitos e eventos adversos:

Reações no local da aplicação, como vermelhidão e inchaço por mais de 24 horas e dor intensa foram relatados por 1,5% dos vacinados. Eventos gerais como febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, náusea e vômito ocorrem com 0,3% a 10% dos vacinados. Não há relato de eventos adversos graves, mas podemos esperar o mesmo risco que existe para as vacinas isoladas hepatite A e hepatite B.

Vacina contra HERPES ZOSTER recombinante e inativa

Laboratório: GlaxoSmithKline

O que previne: O herpes zóster e suas complicações, especialmente a neuralgia pós-herpética (NPH).

 

Indicação: Indivíduos a partir de 50 anos de idade e imunocomprometidos ou pessoas com risco aumentado para herpes-zóster a partir de 18 anos.

Esquema de doses: Duas doses, com intervalo de dois meses.

Efeitos e eventos adversos: De acordo com os ensaios pré-licenciamento, os eventos adversos mais frequentes foram dor no local da injeção (68,1% dos vacinados); mialgia (em 32,9%); fadiga (3,0%); cefaleia (26,3%). A maioria teve intensidade leve a moderada e melhorou em até dois ou três dias. As reações relatadas como severas duraram de um a dois dias.

O perfil de segurança em imunocomprometidos a partir de 18 anos foi semelhante ao observado em adultos a partir de 50 anos sem imunocomprometimento. Os dados de segurança em adultos entre 18 e 49 anos com risco aumentado para herpes-zóster, mas sem imunodepressão (diabéticos, por exemplo) ainda são limitados.

Vacina contra HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B

Laboratório: Sanofi Pasteur

O que previne: Doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, principalmente meningite.

Indicação:

· Crianças a partir de 2 meses, até 5 anos de idade.

· Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos com condições médicas que aumentam o risco para doenças por Hib: ausência de baço ou disfunção nesse órgão; antes e/ou após transplante de órgão ou medula óssea; após quimioterapia; entre outras.

Esquemas de doses:

· O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda e disponibiliza a vacina em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses, em especial para crianças vacinadas com a vacina DTPa.

· Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos não vacinados e com doenças que aumentem o risco da doença: duas doses com intervalo de dois meses.

Efeitos e eventos adversos:

· Pode ocorrer dor no local da aplicação em 3% a 29% dos vacinados; e inchaço, endurecimento e vermelhidão em 0,2% a 17% deles.

· Em relação às manifestações gerais, a febre nas primeiras 24 horas após a vacinação é relatada por 1% a 6% dos vacinados; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal leve podem aparecer em 1% a 20% dos vacinados.

· Um a cada 600 mil vacinados apresenta alergia a algum componente da vacina, sobretudo ao timerosal (derivado do mercúrio), sendo mais raro em crianças e adolescentes.

Vacina contra HPV – 4V

Laboratório: MSD (Merck Sharp & Dohme)

O que previne: Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma).

Indicação:

· Todas as pessoas a partir de 9 anos.

· A administração da vacina em homens e mulheres fora da faixa etária prevista em bula — especialmente pessoas com comorbidades associadas a imunocomprometimento e homens que fazem sexo com homens — é benéfica, mas deve ser avaliada pelo médico.

· No PNI, a vacina está disponível para os seguintes públicos:

o Meninos e meninas de 9 a 14 anos.

o Pessoas de 9 a 45 anos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.

Esquemas de doses:

· Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias: duas doses, com intervalo de seis meses (0 – 6 meses);

· A partir de 15 anos: três doses, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda e de seis meses entre a terceira e a primeira (0 – 1 a 2 – 6 meses).

· A idade do início da vacinação determina o esquema. Indivíduos vacinados antes de completar 15 anos devem receber duas doses, mesmo que a segunda dose seja aplicada após completar 15 anos.

· Independentemente da idade, pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento devem receber esquema de três doses.

· O PNI disponibiliza a vacina para:

o Meninos e meninas de 9 a 14 anos, em duas doses. Pessoas que receberam uma dose da vacina nessa faixa etária terão direito à segunda dose em qualquer momento da vida.

o Pessoas de 9 a 45 anos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea. O esquema é de três doses, independentemente da idade.

· As taxas de infecção pelo HPV são maiores em homens que fazem sexo com homens e a vacinação deve ser considerada, independente de faixa etária.

Efeitos e eventos adversos:

Na Inglaterra, após dois anos de incorporação da vacina no calendário do governo, e da administração de 4,5 milhões de doses, somaram-se 4.703 eventos adversos. Desse total, 17% foram manifestações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço); 11%, manifestações alérgicas (urticária e prurido); e 37%, manifestações gerais como náuseas, vômitos e dor de cabeça. Foram registradas ainda reações psicogênicas (21%) descritas como pânico e desmaios causados pelo medo da injeção e não pela vacina – principalmente em adolescentes e mulheres jovens. Não ocorreu nenhum caso de doença neurológica, paralisia ou doença autoimune.

Vacina contra HPV – 9V

Laboratório: MSD (Merck Sharp & Dohme)

O que previne: Em meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade, GARDASIL® 9 ajuda a proteger contra:

• cânceres de colo do útero (parte inferior do útero), da vulva (parte externa dos genitais femininos), da vagina e do ânus;

• lesões pré-cancerosas de colo do útero, da vulva, da vagina e do ânus;

• verrugas genitais;

• infecção persistente pelo HPV.

Em meninos e homens de 9 a 45 anos de idade, GARDASIL® 9 ajuda a proteger contra:

• câncer do ânus;

• lesões pré-cancerosas do ânus;

• verrugas genitais;

• infecção persistente pelo HPV.

Essas doenças podem ter várias causas. Na maioria das vezes, elas são causadas por 9 tipos de HPV: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.

 

GARDASIL® 9 protege apenas contra infecção e doenças causadas por esses 9 tipos de HPV. As pessoas não contraem o HPV ou qualquer uma dessas doenças por meio da GARDASIL® 9.

 

Indicação:

GARDASIL® 9 é uma vacina (injeção) que ajuda a proteger contra a infecção por alguns tipos de papilomavírus humano (HPV).

GARDASIL® 9 contém os mesmos 4 tipos de HPV (6, 11, 16 e 18) que GARDASIL® com mais 5 outros tipos de HPV (31, 33, 45, 52 e 58).

Meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e homens de 9 a 45 anos de idade podem receber GARDASIL® 9.

GARDASIL® 9 age melhor quando administrada antes de você ou (seu filho [a]) ter qualquer contato com o HPV. A pessoa que recebe a GARDASIL® 9 ainda pode se beneficiar se não tiver sido infectada anteriormente ou atualmente com todos os tipos de HPV cobertos pela vacina. Portanto, você deve conversar com o seu médico ou profissional de saúde para saber se GARDASIL® 9 é indicada para você (ou seu filho [a]).

Esquemas de doses: GARDASIL® 9 é uma injeção que é em geral aplicada no músculo do braço. A pessoa que recebe GARDASIL® 9 receberá 3 doses da vacina. O ideal é que as doses sejam administradas da seguinte maneira:

• primeira dose: na data escolhida por você e seu médico;

• segunda dose: 2 meses após a primeira dose (não antes que 1 mês após a primeira dose);

• terceira dose: 6 meses após a primeira dose (não antes que 3 meses após a segunda dose). Todas as três doses devem ser administradas dentro do período de 1 ano. Converse com seu médico para mais informações.

Alternativamente, indivíduos de 9 a 14 anos de idade, podem receber 2 doses da vacina: • Primeira dose: em uma data que você e seu médico escolher;

• Segunda dose: ideal que ocorra entre 5 e 13 meses após a primeira dose. Se a segunda dose de vacina for administrada antes que 5 meses após a primeira dose, uma terceira dose deverá sempre ser administrada. Recomenda-se que indivíduos que receberem a primeira dose de GARDASIL® 9 completem a série de vacinação com GARDASIL® 9. A necessidade de dose de reforço não foi estabelecida.

Pode ocorrer desmaio depois de receber uma vacina HPV. Às vezes, as pessoas que desmaiam podem cair e se machucar. Por este motivo, o seu médico ou profissional de saúde pode pedir que a pessoa que recebe GARDASIL® 9 fique sentada ou deitada por 15 minutos após receber a vacina. Algumas pessoas que desmaiam podem apresentar tremor ou rigidez. O médico ou profissional de saúde pode precisar tratar a pessoa que recebe GARDASIL® 9.

Efeitos e eventos adversos:

Qualquer vacina pode ter efeitos não intencionais ou indesejáveis, denominados efeitos adversos.

Os efeitos adversos mais comuns observados com GARDASIL® 9 são:

• dor, inchaço, vermelhidão, coceira e hematoma no local da injeção;

• dor de cabeça;

• febre;

• náusea;

• tontura;

• fadiga.

Estudos mostram que houve mais inchaço no local da injeção quando a GARDASIL® 9 foi administrada concomitantemente com outras vacinas, tais como a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular), poliomielite 1, 2 e 3 (inativada), a vacina meningocócica ACWY (conjugada) e a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular).

Informe o seu médico ou profissional de saúde se apresentar algum destes problemas, uma vez que estes sinais podem ser de uma reação alérgica:

• dificuldade para respirar;

• falta de ar (broncoespasmo);

• urticária; • erupções cutâneas.

GARDASIL® 9

• desmaios às vezes acompanhados de movimentos semelhantes a convulsões

• vômitos

Além disso, os seguintes efeitos colaterais foram observados com o uso geral de GARDASIL®. • infecção cutânea; • sangramento ou contusão mais facilmente que o normal; • gânglios inchados (pescoço, axilas ou virilha); • síndrome de Guillain-Barré (fraqueza muscular, sensações anormais, formigamento nos braços, pernas e parte superior do corpo); • confusão; • dor nas articulações; • músculos doloridos; • cansaço incomum, fraqueza; • calafrios; • mal-estar geral. Outros efeitos adversos também poderão ocorrer raramente e, assim como com qualquer vacina, alguns efeitos adversos podem ser graves.

Vacina MENINGOCÓCICA B

Laboratório: GlaxoSmithKline Pfizer

O que previnem: Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

Indicação:

Bexsero®:

· Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).

· Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.

· Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

· Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Trumenba®:

· Para adolescentes e adultos jovens de 10 a 25 anos, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).

· Para viajantes dentro da faixa etária de licenciamento com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

· Para pessoas entre 10 e 25 anos com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Esquema de doses:

Bexsero®:

· Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de duas doses e um reforço da vacina meningocócica B: aos 3 e 5 meses de vida e entre os 12 e 15 meses. O esquema, no entanto, pode variar de acordo com a idade de aplicação da primeira dose (ver quadro abaixo):

 

Faixa etária de início da vacinação

Número de doses do esquema primário

Intervalo entre doses

Reforço

2 a 5 meses

Duas doses

2 meses

Uma dose entre 12 e 15 meses, com um intervalo de pelo menos 6 meses entre a série primária e a dose de reforço

6 a 11 meses

Duas doses

2 meses

Uma dose no segundo ano de vida, com um intervalo de pelo menos 2 meses entre a série primária e a dose de reforço

12 a 23 meses

Duas doses

2 meses

Uma dose, com intervalo de 12 a 23 meses entre a série primária e a dose de reforço

2 a 10 anos

Duas doses

1 a 2 meses

Não foi estabelecida a necessidade de reforços

Adolescentes

Adultos

Pacientes com asplenia funcional ou anatômica; deficiência do complemento; em uso de eculizumab ou ravulizumab

A depender da idade

Uma dose de reforço deve ser aplicada um ano após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. Além disso, revacinar a cada dois ou três anos.

· Para adolescentes não vacinados anteriormente, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês.

· Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.

· Grupos de alto risco, como pessoas vivendo com HIV, portadores de asplenia anatômica ou funcional, que tenham deficiência de complemento ou em uso de eculizumabe ou outros medicamentos biológicos que interferem na via do complemento: três anos após completar o esquema, tomar uma dose de reforço.

Trumenba®:

· Para crianças e adolescentes saudáveis entre 10 e 25 anos: duas doses com intervalo mínimo de seis meses entre as doses.

· Se a segunda dose for aplicada em intervalo menor que seis meses, uma terceira dose deve ser aplicada com intervalo mínimo de quatro meses em relação à segunda dose.

· Para grupos de alto risco para doença meningocócica invasiva (DMI), os esquemas primários, assim como a necessidade de reforços, são diferentes.

Atenção: as vacinas não são intercambiáveis. Se, por qualquer motivo, for aplicado produto distinto do usado anteriormente para qualquer dose do esquema, prosseguir com a próxima dose programada da vacina inicialmente aplicada, com no mínimo de um mês de intervalo em relação à última dose.

Efeitos e eventos adversos:

Bexsero®:

· Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.

· Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.

· Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.

Trumenba®:

· Podem ocorrer (mais de 10% dos vacinados) febre, cefaleia, diarreia, náuseas e vômitos, mialgia e artralgia, cansaço, calafrios e dor, edema e vermelhidão no local da aplicação. Geralmente, são quadros de intensidade leve a moderada e transitórios.

 

Vacina MENINGOCÓCICA ACWY

Laboratório: GlaxoSmithKline Pfizer Sanofi Pasteur

O que previne: Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

 

Indicação:

· Para crianças a partir de 2 meses e adolescentes.

· Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.

· Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

 

Esquema de doses:

· As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças e adolescentes. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócica C conjugada.

· Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida (dependendo das recomendações das bulas) e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.

· Para adultos, dose única, a depender de risco epidemiológico ou condição de saúde.

 

Efeitos e eventos adversos:

· Em 10% dos vacinados ocorrem: inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular. Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações. Em 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem: insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar. Em 0,01% a 0,1%, principalmente em adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.

· As reações tendem a desaparecer em até 72 horas.

Vacina PNEUMOCÓCICA 23V

Laboratório: MSD (Merck Sharp & Dohme)

O que previne: Doenças causadas por 23 tipos de pneumococos.

Indicação:

· Para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições).

· Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina.

· Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis.

Esquemas de doses: · Recomenda-se a combinação da VPP23 com a VPC13. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC10 ou VPC13) — veja as indicações de cada uma — e aplicar uma dose da VPP23 seis a 12 meses depois da dose da vacina conjugada, e outra cinco anos após a primeira dose de VPP23.

· Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.

Efeitos e eventos adversos:

· As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação (60,0%), inchaço ou endurecimento (20,3%); vermelhidão (em 16,4%); dor de cabeça (17,6%); cansaço (13,2%) e dor muscular (11,9%). Reações locais mais intensas, com inchaço de todo braço, chegando até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas podem ocorrer em menos de 10% dos vacinados.

· Todas as reações adversas são mais frequentes após revacinação em intervalos curtos em relação a doses anteriores. Acredita-se que estejam relacionadas com a presença de grande quantidade de anticorpos no organismo.

Vacina PNEUMOCÓCICA 13V

Laboratório: Pfizer

O que previnem:

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.

Indicações:

· Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com VPC10 ou VPC13.

· Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

· Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

Esquemas de doses:

· Na rotina, o esquema deve ser iniciado aos 2 meses de idade, com três doses (aos 2, 4 e 6 meses) e um reforço entre 12 e 15 meses.

· Em caso de atraso, o esquema dependerá da idade da criança no momento em que a primeira dose de VPC13 for aplicada:

o Até 6 meses: três doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 3 + 1).

o Entre 7 e 11 meses: duas doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1).

o Entre 12 e 24 meses: duas doses com intervalo de dois meses (esquema 1 + 1).

o A partir de 24 meses: dose única.

· Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única de VPC13. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23). Clique para saber mais.

· A partir de 60 anos, a VPC13 é recomendada de rotina, em esquema sequencial com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23): uma dose de VPC13, uma dose de VPP23 com intervalo de 6 a 12 meses, e outra dose de VPP23 a partir de cinco anos após a anterior.

Efeitos e eventos adversos:

· Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorrem: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Entre 1% e 10% dos vacinados relatam: diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Entre 0,1% e 1% são acometidos por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia.

· Em adultos, mais de 10% apresentam: diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço). Em 1% a 10% ocorrem vômitos e febre. Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam: náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado

Vacina TRÍPLICE VIRAL (Sarampo, caxumba e rubéola) – SCR

Laboratório: MSD (Merck Sharp & Dohme) GlaxoSmithKline

O que previne: Sarampo, caxumba e rubéola.

Indicação: Crianças, adolescentes e adultos.

Esquemas de doses:

· A SBIm considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.

· Em situação de risco para o sarampo – surtos ou exposição domiciliar, por exemplo – a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não conta para o esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês.

· Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR ou a combinada SCR-V (tetraviral).

· Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, a SBIm recomenda duas doses, com intervalo de um a dois meses.

· Em casos de surto de caxumba ou sarampo, pode ser considerada a aplicação de uma terceira dose em pessoas com esquema completo. Não há, no entanto, evidências que justifiquem a medida na rotina.

· Na rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação infantil, a primeira dose desta vacina é aplicada aos 12 meses de idade; e aos 15 meses (quando é utilizada a vacina combinada à vacina varicela [tetraviral: SCR-V]). Também podem se vacinar gratuitamente indivídos até 29 anos (duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias) e indivíduos entre 30 e 59 anos (uma dose).

· Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba e rubéola são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.

Efeitos e eventos adversos:

· As reações locais acometem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.

· Febre alta (maior que 39,5⁰C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados.

Algumas crianças podem apresentar convulsão febril, sem consequências graves. Em 0,5% a 4% dos vacinados também pode ocorrer dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza cinco a 12 dias após a vacinação. Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias, surgem em 5% dos vacinados. Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados a partir de sete a 21 dias de vacinado. Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.

· Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após a vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose. · A associação da vacina com autismo foi totalmente descartada.

· Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foram descritas na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação. Contudo, essa ocorrência contraindica outras doses da vacina tríplice viral.

· Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação. Essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.

· Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacinação.

· A anafilaxia é muito rara e ocorre quase sempre nos primeiros 30 minutos depois de administrada a vacina. Nesse caso, contraindicam-se doses subsequentes.

Vacina VARICELA (CATAPORA)

Laboratório: MSD (Merck Sharp & Dohme) ou GlaxoSmithKline

O que previne: Varicela (catapora).

 

Indicação:

· É recomendada de rotina para crianças a partir de 12 meses (excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir de 9 meses).

· Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.

Esquema de doses:

· O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza uma dose da vacina varicela, aos 4 anos de idade, correspondente à segunda dose do esquema contra varicela. A primeira dose é aplicada aos 15 meses, como parte da vacina tetraviral (SCR-V).

· A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, a vacina SCR-V pode ser usada nas duas doses.

· Para crianças até 11 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.

· Em situação de surto na comunidade ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses — essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada. A criança deverá tomar as duas doses de rotina, aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade.

Efeitos e eventos adversos:

· A vacina varicela é segura em indivíduos imunocompetentes, com taxa de eventos adversos variando de 5% a 35%. Imunodeprimidos podem apresentar eventos adversos mais intensos, embora raramente graves.

· Em 26% dos vacinados ocorre dor no local da aplicação e em 5% ocorre vermelhidão. Em 1% a 3% podem ser observadas vesículas próximas ao local da aplicação.

· De 3% a 5% dos indivíduos apresentam exantema pelo corpo, semelhante às lesões causadas pela varicela, com duas a cinco lesões aparecendo entre cinco e 26 dias após a vacinação. Já as lesões que surgem duas ou mais

semanas após a aplicação da vacina são indicativas da doença provocada pelo vírus varicela zóster que foi adquirido antes da vacinação e ficou incubado.

Laboratório: Boehringer Ingelheim Pharma GmbH & Co. KG – Biberach – Alemanha

O palivizumabe não é uma vacina, mas uma imunoglobulina – um tipo de anticorpo “pronto” que induz imunização passiva específica contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Está incluído aqui porque é a única forma disponível, hoje, para a prevenção de quadros graves de infecções respiratórias em lactentes, como a bronquiolite e, principalmente, pneumonias. Até o momento não dispomos de vacinas contra o VSR.

O que previne: As formas graves de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), em bebês de alto risco.

Indicação: Está indicado no Calendário de vacinação SBIm prematuro para os recém-nascidos pré-termo com menos de 29 semanas de idade gestacional no primeiro ano de vida; para aqueles nascidos entre 29 e 32 semanas, até o sexto mês; e para portadores de doenças cardíacas e pulmonares nos dois primeiros anos de vida, independente da idade gestacional.

Esquema de doses: São aplicadas doses mensais de15 mg/kg de peso, por cinco meses, durante o período de maior circulação do vírus (depende da região do país).

Efeitos e eventos adversos: O produto é seguro e não apresenta eventos adversos importantes além de reações locais, raras, leves e transitórias.

 

 

Laboratório: CSL Behring AG Berna – Suíça

A imunoglobulina não é uma vacina, mas uma um tipo de anticorpo “pronto”.

INDICAÇÕES: Prevenção da isoimunização ao RhD em mulheres RhD-negativo.

Profilaxia pré-natal:-Gravidez/Profilaxia pré-natal na gestação de uma criança RhD-positivo;

-Abortamento/ameaça de abortamento, gravidez ectópica ou mola hidatiforme;

-Hemorragia transplacentária resultante de hemorragia antes do parto, amniocentese, biópsia coriônica, procedimentos de manipulação obstétrica, por exemplo, versão externa ou trauma abdominal.

Profilaxia pós-parto:

-Parto de uma criança RhD-positivo (D, Dfraco, Dparcial). É considerado que a gravidez tem incompatibilidade RhD quando o feto/bebe é RhD-positivo ou RhD desconhecido ou se o pai é RhD-positivo ou RhD-desconhecido.

Tratamento de pessoas RhD-negativo após transfusões incompatíveis de sangue RhD-positivo ou outros produtos contendo células vermelhas do sangue.

Indicação:

REAÇÕES ADVERSAS:

Quando imunoglobulinas anti-D são administradas pela via intramuscular, dor local e sensibilidade podem ser observadas no local da injeção. As seguintes reações adversas foram relatadas de 592 pacientes em estudos clínicos e da experiência pós-comercialização.

A frequência foi avaliada usando os seguintes critérios:

Reação muito comum (> 1/10)

Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)

Reação incomum (> 1/1000 ≤ 1/100)

Reação rara (> 1/10000 e ≤ 1000)

Reação muito rara (≤ 1/10000)

Laboratório:
TAKEDA – Japão
 
 
O que previne:
é indicada para a prevenção de dengue em indivíduos dos 4 aos 60 anos de idade.
vacina contra dengue do tipo 1, 2, 3 e 4 (atenuada)
Indicação:
USO ADULTO E PEDIÁTRICO DOS 4 AOS 60 ANOS
VIA SUBCUTÂNEA
Esquema de doses:
Indivíduos dos 4 aos 60 anos de idade QDENGA deve ser administrada por via subcutânea em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses (0 e 3 meses), sendo cada dose de 0,5 mL.
A necessidade de uma dose de reforço ainda não foi estabelecida.
 
 
Efeitos e eventos adversos:
Resumo do perfil de segurança
Em estudos clínicos, as reações relatadas com maior frequência em participantes entre 4 a 60 anos de idade foram
dor no local da injeção (50%), cefaleia (35%), mialgia (31%), eritema no local de injeção (27%), mal-estar (24%), astenia (20%) e febre (11%). Essas reações adversas que ocorreram, geralmente, dentro de dois dias após a injeção, foram de gravidade leve a moderada, apresentaram curta duração (1 a 3 dias) e foram menos frequentes após a segunda injeção de QDENGA do que após a primeira injeção.
 
Viremia por vacina

No estudo clínico DEN-205, a viremia por vacina transitória foi observada após a vacinação com QDENGA em 49% dos participantes do estudo que não haviam sido infectados pela dengue anteriormente e em 16% dos participantes do estudo que haviam sido infectados pela dengue anteriormente. A viremia por vacina geralmente começou na segunda semana após a primeira dose e teve uma duração média de 4 dias. A viremia por vacina foi associada a sintomas transitórios, de intensidade leve a moderada, tais como cefaleia, artralgia, mialgia e erupção cutânea em alguns participantes. A viremia da vacina foi raramente detectada após a segunda dose.”